Hoje dei uma pausa nos clássicos do cinema e assisti a um filme do qual só ouvi falar por meio de uma amiga professora, quando trabalhávamos na mesma instituição de ensino. Trata-se de Os delírios de consumo de Becky Bloom, uma comédia romântica de 2009 dirigida por P.J. Hogan. O filme é uma boa sugestão para se discutir vários temas correlacionados: consumismo, publicidade, moda, fetiche da mercadoria, educação econômica, etc., e foi justamente para levantar discussões sobre esses tópicos com os alunos que o filme foi sugerido. Provavelmente a sugestão não foi acolhida, já que até há pouco a obra era inédita para mim.
A narrativa é bem simples: temos uma protagonista, Becky Bloom (Isla Fisher), que desde a infância se encantava com o "mundo" que via retratado nas vitrines de lojas e que, adulta, transforma-se em uma consumista contumaz, acumulando dívidas impagáveis. Para complicar sua situação, fica desempregada e precisa se reinserir rapidamente no mercado de trabalho. Mentindo sobre o próprio currículo, acaba ironicamente sendo contratada por Luke Brandon (Hugh Dancy) como colunista de finanças da revista "Economia bem-sucedida". Os dois acabam se apaixonando à medida que passam a estar juntos em várias situações de trabalho. Mas o mais interessante da narrativa se desenvolve a partir dos conflitos de Becky com sua compulsão por compras, da "ginástica" que tem que fazer para escrever sobre um tema que não domina, e de seu esforço criativo para driblar a perseguição implacável dos credores.
Com uma hora e quarenta minutos de duração, o filme é leve, ao mesmo tempo em que suscita discussões profundas, inclusive sobre o que realmente devemos valorizar na vida. Confesso que não sou muito de assistir a obras do gênero comédia (romântica ou não), mas penso que valorizei o meu tempo ao assistir a um filme realmente interessante.

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