Terminei de ver hoje Reign (Em português, "Reinado") pela Globoplay. A série, baseada em fatos não apenas reais, mas históricos, tem como protagonista Mary Stuart, rainha dos escoceses, uma personagem sem dúvida apaixonante, interpretada com louvor pela australiana Adelaine Kane. Criada por Stephanie SenGupta e Laurie McCartthy, Reign estreou na TV americana em 2015 e foi concluída após 4 temporadas em 2017. Trata-se de um bela narrativa, evidentemente romanceada, da intensa filha da rainha consorte da Escócia, que viria a dividir o trono da França, assumir o poder na Escócia e ameaçar o trono da rainha Elizabeth I, da Inglaterra.
Mary Stuart estava destinada a uma vida grande e constantemente desafiadora. Rejeitada pelo pai logo ao nascimento por se tratar do sexo feminino, Mary nunca conheceu outra condição senão a de rainha, haja vista ser a única herdeira de James V da Escócia, morto quando ela tinha apenas seis dias de idade. Vivendo em um mundo marcado pela misoginia e patriarcado, Mary é prometida ainda na infância ao delfim Francis (Francisco II da França). Casada com este, sua única função é gerar um herdeiro para o trono francês, evidentemente do sexo masculino. Mas, na corte francesa, Mary se revelou uma mulher forte, e mais madura que o fraco e doente rei, que logo viria a morrer. Com a morte do marido e sem um filho, é obrigada a retornar à Escócia, passando a se constituir uma ameaça ainda maior à Elizabeth, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, a rainha que caiu em desgraça por não ter conseguido gerar um herdeiro homem para o trono inglês. Ou seja, sua mãe era a amante do rei Tudor tornada esposa após este desprezar sua primeira esposa, Catarina de Aragão, pelo mesmo motivo que depois também a desprezaria. Por essa razão Elizabeth Tudor era vista como uma rainha ilegítima, uma vez que seria uma filha bastarda, enquanto Mary teria direito natural ao trono, por ser filha do irmão de Henrique VIII e, portanto, sua prima. Mas a série é muito mais que a disputa pelo trono inglês. Acompanhamos as aventuras amorosas de Mary Stuart e todas as tramas urdidas no sentido de desestabilizá-la e destituí-la do poder. Paralelamente, acompanhamos ainda os eventos insidiosos que envolvem a também forte mulher Catarina de Médici, rainha-mãe da França. No entanto, o fio condutor dessa narrativa é a disputa que coloca Mary Stuart e Elizabeth I, as duas rainhas que enfrentam a crueldade do mundo masculino, como antagonistas uma da outra.
Confesso que a série não me empolgou de cara, pois sua estética, a princípio, remeteu-me às telenovelas de época, com uma história romanesca apenas ambientada na França do século XVI. Felizmente, continuei assistindo aos episódios e isso me levou a rever essa primeira impressão. É um trabalho bem realizado, capaz de despertar o interesse pela história real da rainha Mary Stuart. A série me levou a assistir aos filmes Mary Queen of Scots (Em português, "Duas rainhas") e Elizabeth: The Golden Age (Elizabeth: a era de ouro), sobre os quais talvez escreva algum comentário posteriormente. Para quem gosta de História, Reign é certamente uma série que vale a pena ser vista.
Mary Stuart estava destinada a uma vida grande e constantemente desafiadora. Rejeitada pelo pai logo ao nascimento por se tratar do sexo feminino, Mary nunca conheceu outra condição senão a de rainha, haja vista ser a única herdeira de James V da Escócia, morto quando ela tinha apenas seis dias de idade. Vivendo em um mundo marcado pela misoginia e patriarcado, Mary é prometida ainda na infância ao delfim Francis (Francisco II da França). Casada com este, sua única função é gerar um herdeiro para o trono francês, evidentemente do sexo masculino. Mas, na corte francesa, Mary se revelou uma mulher forte, e mais madura que o fraco e doente rei, que logo viria a morrer. Com a morte do marido e sem um filho, é obrigada a retornar à Escócia, passando a se constituir uma ameaça ainda maior à Elizabeth, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, a rainha que caiu em desgraça por não ter conseguido gerar um herdeiro homem para o trono inglês. Ou seja, sua mãe era a amante do rei Tudor tornada esposa após este desprezar sua primeira esposa, Catarina de Aragão, pelo mesmo motivo que depois também a desprezaria. Por essa razão Elizabeth Tudor era vista como uma rainha ilegítima, uma vez que seria uma filha bastarda, enquanto Mary teria direito natural ao trono, por ser filha do irmão de Henrique VIII e, portanto, sua prima. Mas a série é muito mais que a disputa pelo trono inglês. Acompanhamos as aventuras amorosas de Mary Stuart e todas as tramas urdidas no sentido de desestabilizá-la e destituí-la do poder. Paralelamente, acompanhamos ainda os eventos insidiosos que envolvem a também forte mulher Catarina de Médici, rainha-mãe da França. No entanto, o fio condutor dessa narrativa é a disputa que coloca Mary Stuart e Elizabeth I, as duas rainhas que enfrentam a crueldade do mundo masculino, como antagonistas uma da outra.
Confesso que a série não me empolgou de cara, pois sua estética, a princípio, remeteu-me às telenovelas de época, com uma história romanesca apenas ambientada na França do século XVI. Felizmente, continuei assistindo aos episódios e isso me levou a rever essa primeira impressão. É um trabalho bem realizado, capaz de despertar o interesse pela história real da rainha Mary Stuart. A série me levou a assistir aos filmes Mary Queen of Scots (Em português, "Duas rainhas") e Elizabeth: The Golden Age (Elizabeth: a era de ouro), sobre os quais talvez escreva algum comentário posteriormente. Para quem gosta de História, Reign é certamente uma série que vale a pena ser vista.
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