Casablanca: uma história de amor e guerra


"As time goes by" - É o título da canção-tema de Casablanca, a qual, até à terça passada, eu acreditei também se chamar "Casablanca". Talvez eu tenha visto assim mesmo, em um disco das trilhas mais famosas do cinema. Pois bem: assisti ao clássico de 1942, dirigido por Michael Curtiz, e justamente sua trilha sonora é a primeira coisa que quero destacar aqui. Belíssima. Já conhecia a canção "As time goes by", evidentemente, no disco que mencionei, mas ouvi-la no contexto da narrativa de Casablanca é certamente uma experiência singular. A canção é tema do casal formado por Rick Blaine (Humbhrey Bogar) e Ilsa Lund (Ingrid Bergman), e é executada pelo pianista Sam (Dooley Wilson). "As time goes boy" é também o ponto de ligação entre o passado e o presente do casal. No passado, durante a invasão de Paris pelos alemães por ocasião da Segunda Guerra Mundial, Rick e Ilsa apaixonam-se, embalados pela canção. Acabam se separando repentinamente e se reencontrando em Casablanca, no Marrocos, cidade portuária e antiga colônia francesa, que ainda mantinha certa autonomia em relação ao III Reich. No reencontro, Ilsa pede que Sam, que trabalhava para Rick em um um bar, execute a canção. E isso é tudo que direi a respeito do enredo em si. A história tem seu encanto, e um contexto riquíssimo: a resistência contra os nazistas. Além disso, tem a beleza comovente de Ingrid Bergman.  O mais interessante que pude descobrir sobre Casablanca é que o filme ter se tornado um clássico foi meio que acidental, uma vez que seria apenas mais um produto na linha de montagem da Warner. Foi um filme não planejado, rodado à medida em que estava sendo escrito. Se uma obra-prima pode nascer assim, imagino como seria se tudo tivesse sido planejado. 

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