Há cerca de 15 dias pretendi escrever sobre o disco Vesúvio, de Djavan, lançado em 2018. Acabei escrevendo sobre outros assuntos. Mas nunca é tarde para recorrer ao eterno-efêmero registro escrito. Pois bem: o disco é surpreendente. Surpreende-me a vitalidade de um Djavan aos 69 anos, idade que tinha por ocasião do lançamento do disco. Quando vemos tantos excelentes compositores raspando o fundo do tacho da inspiração, Djavan nos brinda com canções que poderiam muito bem estar na playlist das melhores do artista alagoano. Uma dessas canções é "Solitude": melodia, arranjos, interpretação, tudo na melhor tradição "djavânica". A canção de abertura e que dá nome ao álbum é interessante, especialmente pelo ritmo. Outra canção em que se destaca o ritmo é "Viver é dever". "Dores gris" me remete a composições do início da carreira. "Madressilva" é linda, com certo tom solene. Por fim, não posso deixar de falar de "Meu romance", música e letra belíssimas, que ganhou uma versão em espanhol interpretada em dueto com o cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler, que aparece na faixa-bônus com o título de "Esplendor". Recomendo a quem ama a boa música brasileira.

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